Médio croata não joga mais esta temporada, mas o Benfica conseguiu
compensar a ausência do jogador com Zivkovic, apoiado no corredor
esquerdo por Grimaldo e um Cervi em crescendo. A goleada aplicada ao
Boavista é prova disso mesmo.
ejamos sinceros. Quantos benfiquistas não
terão visto a vida a 'andar para trás' no momento em que Krovinovic se
lesionou frente ao Desportivo de Chaves, quatro jornadas antes? O médio
croata foi, talvez, o jogador que mais beneficiou da mudança para o
4x3x3, mas é inegável que o Benfica também lucrou com o seu rendimento.
Estando
Krovinovic fora de cena, pelo menos até ao final da temporada, os mais
pessimistas dificilmente acreditavam que o meio-campo dos 'encarnados'
pudesse ganhar vida nova, mas a verdade é que ganhou. Rui Vitória ainda
fez uma tentativa com João Carvalho, mas acabou por ser Zivkovic a
assumir o vértice esquerdo daquele setor. E a confiança do sérvio vai
crescendo a cada jogo. Este sábado, frente ao Boavista, não foi exceção.
Aliás, toda a química entre Grimaldo, Zivkovic e Cervi
no lado esquerdo fez, imagine-se, com que Jonas passasse despercebido. O
espectro de um desafio sem o melhor marcador do campeonato causou
grande apreensão durante a semana, mas o brasileiro esteve pouco
inspirado esta noite – não só pelo penálti defendido por Vagner - e algo
alheado ao que os companheiros iam fazendo (e festejando) durante o
jogo.
O que falta em
estatura a Aléx, Andrija e Franco (para ter uma ideia, Grimaldo, que é o
mais alto dos três, mede 1,71 metros) é compensado em rapidez,
disponibilidade e irreverência. Era raro vê-los quietos a olhar para uma
jogada. E os danos que causaram levaram Jorge Simão, conforme admitiu
no final do encontro, a repensar a sua estratégia para o flanco direito
ao intervalo.
Foi assim que Cervi acabou travado em falta por
Rossi, e mesmo com o Benfica a não aproveitar a oportunidade – segunda
grande penalidade falhada por Jonas, depois do empate no Restelo – o
argentino voltaria a estar nos lances dos dois golos que se seguiram: à
passagem do minuto 18, atirou longo para o segundo poste, onde Jardel
amorteceu para e Rúben Dias cabecear de cima para baixo no poste
contrário; e já perto do intervalo, novamente num canto à esquerda,
voltou a servir o central brasileiro, que desta vez desviou diretamente
para o fundo da baliza de Vagner.
A perder por dois golos e com o
Benfica a bloquear as suas saídas de bola, o Boavista não conseguia
incomodar a equipa da casa. Custava mesmo a acreditar que o conjunto
axadrezado fora o único, até à data, a vencer o conjunto de Rui Vitória
para o campeonato. Bruno Varela agradeceu a tranquilidade da primeira parte.
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